Eu gosto de estrelas.
Uma vez, uma amiga me trousse de São Paulo algumas tirinhas de papel colorido e brilhante e disse-me que se seguisse as instruções e dobrasse tudo certo, se tornariam estrelinhas coloridas. Ela me deu o presente sorrindo, talvez sabendo o quanto eu ficaria feliz em dobrar estrelinhas, mas infelizmente eu nunca consegui dobrar nenhuma direito. Paciência.
Mas de qualquer modo não era estrelas de verdade, eram? Sabe aquele sonho de criança de pegar estrelas? De que ela será sua e você poderá fazer um pedido e depois olhar para ela eternamente? Em ser seu segredinho, estar debaixo do seu travesseiro?
Nossa, hoje em dia, quantas coisas eu queria guardar embaixo do travesseiro? Quantas memórias? Sei que aos quinze anos ser saudosista não faz muito sentido, mas sabe aquela presa de crescer típica das crianças? Não a tenho mais. As vezes queria reviver aquela época em que nada, nada me preocupava e que eu não precisava fazer planos, estudar, calcular, me preocupar e afins. Espero que isso seja a famosa ‘crise de adolescente’ e que eu esteja apenas desocupada com as férias...
Mas as vezes eu queria aquele confortinho, nem que fosse para os problemas pequenos da minha vida, como notas de matemática. Aquela luzinha que quando menininha eu via, mesmo sem existir debaixo do travesseiro. Aquela sensação de ser especial, mesmo não sendo – ou será que era? Um sonho simples e puro como os das crianças pequenas não as tornam especiais?
De qualquer modo, essa semana, no shopping eu vi as fitas novamente, dessa vez com um manual legível e fácil de seguir, um que eu poderia montar. Mas de repente me bateu aquele vazio, aquele amargo na boca... Não era estrelas afinal. E esse amargo só passou quando essa noite, na casa de meu irmão, do jardim, eu via as estrelas, as apontei e disse o nome de algumas, talvez ate errado.
Lá estão as minhas estrelas. Acho que nunca mais serei capaz de vê-las embaixo do meu travesseiro, mas ao menos quando puder vê-las, entre as luzes da cidade, ainda posso imaginar que estão olhando para nós do alto, procurando o travesseiro de mais uma criança para iluminar.
Anya

eu sou ruim de comentar percebe-se pelo tempo q demorei p escrever isso, mas adorei o blog, ao menos o texto da estrelinha *-* Muito fofo e sei como e querer voltar atras >< eu quero ser criança >< mas ta mt bom ta favoritado aqui u.u
ResponderExcluirAnya queria,
ResponderExcluirAdorei o seu texto. Viu que eu fui sua primeira seguidora?Espero que depois de mim venham muitos outros e seu blog bombe.Quanto as estrelinhas, em minha defesa digo que como comprei na liberdade em SP é obvio que o manual seria em Japonês, logo você teria dificuldade de ler.E sobre seus sonhos,bom acho que ela pode falar mais que euhttp://www.youtube.com/watch?v=bAW0pYCgb0s&feature=related.
Bjs
Te amo
fenix
Amor da minha vida,
ResponderExcluirQuase estouro de orgulho ao ver como você é boa com as palavras, e como suas idéias refletem a beleza de sua alma. Seu texto é lindo, amanhã mesmo vou comprar uma fronha cheia de estrelinhas para você, pois quero que sempre tenha muitas estrelas debaixo do seu travesseiro.
Amo você mais do que tudo no mundo.
Mamãe
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH QUE ULTRA MEGA FOFO!!
ResponderExcluirnão sabia que você escrevia!!
po, vou te mandar uns poemas meus depois!!
amei, lindo!!
eu me indentifiquei muito com essa "crise de adolescência", hahahhahaaha
continue assim!!
bjos !!