Dessa vez não vou falar exatamente do animal.
Esse senhor ai encima é um personagem da revista adolescente ‘W.I.T.C.H’, de nome ‘Lord Cedric’, mas ninguém passou muito tempo o chamando de ‘Lord’. Antes de mais nada vou avisar que haverão alguns spoilers sobre a revista. Mesmo que a historia já tenha terminado é sempre bom avisar.
Bom, Cedric foi o primeiro vilão de W.I.T.C.H e acabou se tornando recorrente: Toda hora esse homem aparecia, causava problemas e era vencido pelas heroínas, o que sempre me deixou muito indignada, por que eu sempre tive uma predileção por ele.
Ah! Devem estar se perguntando por que se trata de ‘cobras’, o post. Talvez a imagem a baixo, com a forma verdadeira de Cedric esclareça – risos.
Bom, essa volta toda e o aviso de spoiler foram pelo seguinte: A historia acabou Cedric apaixonou-se por uma das heroínas e morreu para que ela se salvasse junto com suas companheiras.
Meus olhos encheram de lagrimas quando eu li isso, numa revista que nem era minha, na casa de uma amiga. Com o perdão da palavra, a única coisa que eu consegui dizer foi ‘...Merda, Cedric!’
Por que isso tudo? Bom, a minha primeira revista W.I.T.C.H, foi aos seis anos, ainda aprendendo a ler. Volume dois da revista. Eu achei Cedric um cara feio e estranho, mas enquanto continuei a comprar alguns números, acabei por gostar muito dele. Imaginar historias e coisa assim... Sempre que gosto de um personagem já adulto, cujo passado não é tocado, fico animada em dar-lhe um passado e Cedric não foi exceção.
Não é errado dizer que eu praticamente fiz a minha versão mental de Cedric, seguindo a linha da revista e preenchendo cada dia não mostrado, cada período não abordado de sua vida. E eu vi essa minha versão do Cedric morrer, além é claro na minha predileção de mais de cinco anos por ele.
Eu me senti levemente vazia com isso. Não que eu tenha ficado deprimida ou coisa assim, mas Deus! Foram anos torcendo e criando historias, imaginando um passado e especulando um fim e não saiu nada do que eu imaginei.
Então fui remexer as revistas antigas e fiquei surpresa com a quantidade de memorias que elas me trouxeram, não apenas sobre o personagem. Sabe quando aquele sorrisinho brota do seu rosto? Aquelas coisas como...
‘Ai, meu Deus, eu fiz isso no dia em que eu comprei essa revista! Nossa, olha a nota na pagina! Eu escrevi esse lembrete aos nove anos de idade! Eu realmente fiz um coraçãozinho encima desse cara ou li essa matéria? Eu estava com essa revista no dia que conheci minha melhor amiga e...’
E ai eu percebi que as historias do Cedric que eu acabei fazendo quase sem querer ao correr dos anos foram as minhas primeiras historias. Meu coração disparou e eu não pude fazer mais que dar um suspiro e recomeçar: Refazer todas as historias bobinhas da menina de sete anos e amadurece-las. Nossa... Esse foi o começo de tudo. Minhas primeiras historias, junto com um animê que comecei a ver nessa mesma idade, mas isso pode ser assunto para o próximo post.
É estranho lembrar-se do começo e ver que foi há tanto tempo. O que eu tiro disso tudo é que as coisas importantes da vida começam muito sutilmente, vem se arrastando devagarzinho... E de repente fazem parte da sua vida.
Os textos e Cedric são dois bons exemplos, além de Inuyasha, mas isso – como eu já disse – pode ficar para o próximo post...
Anya




