terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Animais, part. 3 - Cobras [Final]

Dessa vez não vou falar exatamente do animal.
Esse senhor ai encima é um personagem da revista adolescente ‘W.I.T.C.H’, de nome ‘Lord Cedric’, mas ninguém passou muito tempo o chamando de ‘Lord’.  Antes de mais nada vou avisar que haverão alguns spoilers sobre a revista. Mesmo que a historia já tenha terminado é sempre bom avisar.
Bom, Cedric foi o primeiro vilão de W.I.T.C.H e acabou se tornando recorrente: Toda hora esse homem aparecia, causava problemas e era vencido pelas heroínas, o que sempre me deixou muito indignada, por que eu sempre tive uma predileção por ele.
Ah! Devem estar se perguntando por que se trata de ‘cobras’, o post. Talvez a imagem a baixo, com a forma verdadeira de Cedric esclareça – risos.

Bom, essa volta toda e o aviso de spoiler foram pelo seguinte: A historia acabou Cedric apaixonou-se por uma das heroínas e morreu para que ela se salvasse junto com suas companheiras.  
Meus olhos encheram de lagrimas quando eu li isso, numa revista que nem era minha, na casa de uma amiga. Com o perdão da palavra, a única coisa que eu consegui dizer foi ‘...Merda, Cedric!’
Por que isso tudo? Bom, a minha primeira revista W.I.T.C.H, foi aos seis anos, ainda aprendendo a ler. Volume dois da revista.  Eu achei Cedric um cara feio e estranho, mas enquanto continuei a comprar alguns números, acabei por gostar muito dele. Imaginar historias e coisa assim... Sempre que gosto de um personagem já adulto, cujo passado não é tocado, fico animada em dar-lhe um passado e Cedric não foi exceção.  
Não é errado dizer que eu praticamente fiz a minha versão mental de Cedric, seguindo a linha da revista e preenchendo cada dia não mostrado, cada período não abordado de sua vida. E eu vi essa minha versão do Cedric morrer, além é claro na minha predileção de mais de cinco anos por ele.
Eu me senti levemente vazia com isso. Não que eu tenha ficado deprimida ou coisa assim, mas Deus! Foram anos torcendo e criando historias, imaginando um passado e especulando um fim e não saiu nada do que eu imaginei.
Então fui remexer as revistas antigas e fiquei surpresa com a quantidade de memorias que elas me trouxeram, não apenas sobre o personagem. Sabe quando aquele sorrisinho brota do seu rosto? Aquelas coisas como...
‘Ai, meu Deus, eu fiz isso no dia em que eu comprei essa revista! Nossa, olha a nota na pagina! Eu escrevi esse lembrete aos nove anos de idade! Eu realmente fiz um coraçãozinho encima desse cara ou li essa matéria? Eu estava com essa revista no dia que conheci minha melhor amiga e...’
E ai eu percebi que as historias do Cedric que eu acabei fazendo quase sem querer ao correr dos anos foram as minhas primeiras historias. Meu coração disparou e eu não pude fazer mais que dar um suspiro e recomeçar: Refazer todas as historias bobinhas da menina de sete anos e amadurece-las. Nossa... Esse foi o começo de tudo. Minhas primeiras historias, junto com um animê que comecei a ver nessa mesma idade, mas isso pode ser assunto para o próximo post.
É estranho lembrar-se do começo e ver que foi há tanto tempo. O que eu tiro disso tudo é que as coisas importantes da vida começam muito sutilmente, vem se arrastando devagarzinho... E de repente fazem parte da sua vida.
Os textos e Cedric são dois bons exemplos, além de Inuyasha, mas isso – como eu já disse – pode ficar para o próximo post...
Anya

domingo, 30 de janeiro de 2011

Animais, part 2 - Lobos


Ok, pessoal, aviso importante: O texto de hoje é baseado em uma comercial que vi já faz uns anos no canal de televisão ‘animal planet’ (69 na net). Não sei se o comercial ainda passa, mas eu queria agradecer aos criadores dele e ao canal pela inspiração. Vamos ver o que sai então- risos.
‘O lobo alfa. O líder. O mais forte, o mais rápido, mais esperto, melhor caçador. O que come primeiro também. Privilégios.
O lobo Omega. O ultimo. O fraco, lento, desatento...
O lobo Omega levantou os olhos, franziu as sobrancelhas, mostrou os dentes discretamente ao olhar para seu oposto – o alfa.
Por que ele? O escalaram para Omega quando era um simples filhote! Não fazia sentido continuar naquele posto maldito, de sobras e anonimato! O alfa agora já não era tão jovem assim e ele, por outro lado, estava na flor da idade, pronto para liderar!
Enquanto o bando comia, andou sorrateiramente até seu ‘concorrente’, rosnou chamando-lhe a atenção, num desafio.
O lobo alfa olhou para seu jovem desafiante e sorriu, balançando a cabeça negativamente de maneira divertida.
‘Não me desdenhe!’ rosnou Omega                     
Alfa apenas passou uma das patas sobre uma velha cicatriz no olho e esperou que o outro fizesse o primeiro movimento. Tal movimento não tardou a vir.
Uma investida no pescoço. Ousada e difícil de dar certo, como foi provado com o baque surdo que fez o focinho de Omega ao bater no chão. Ele balançou a cabeça, fungando, olhando com raiva para Alfa que apenas o encarava.
Ninguém parecia muito disposto a desistir.
A luta seguiu de forma similar até que finalmente fios de sangue vermelhos começaram a manchar o chão. A luta estava acabada. Agora alguns riam e os outros murmuravam desagradados.
O Alfa caminhou até o seu oponente, agora ferido com um corte no ombro esquerdo, parando ao seu lado.
‘Ponha-se no seu lugar. Talvez um dia seu lugar mude. Então poderá reivindicá-lo. Mas no momento você esta tentando deixar o seu lugar e isso é inaceitável. Volte para lá já.’
Omega, de cabeça abaixada, andou até o fim do bando onde se deitou, lambendo o ferimento.
‘Resigne-se!’ disse uma loba a ele enquanto esse caminhava.
‘Estou resignado. Pareço revoltado? Vou apenas descansar’
Lá atrás, onde ninguém podia vê-lo, porém, ele sorriu. Certo, então ainda não foi daquela vez. Talvez também não houvesse de ser com aquela alcatéia. Mas algum dia, ele poderia. As palavras de Alfa o encheram ainda mais de esperança de que um dia seria alguém.
Por outro ângulo, na frente do bando, Alfa também se deitava, sorrindo para o jovem longe e de costas que agora lambia um ferimento.
‘Algum dia, filhote...’ murmurou ‘Se não desistir, algum dia...’ '

Não desistam também. De nada.
                                                                           Anya

sábado, 29 de janeiro de 2011

Animais, part. 1 - Leões


O zoológico faz parte da infância da maioria das pessoas, eu acho. Eu não cheguei a ir muito ao zoológico, mas a lembrança mais antiga que eu tenho dele, é da minha ansiedade em ver a jaula do leão.  Eu era pequena, embora não possa dizer com certeza a minha idade. O que eu sei é que o leão apenas andava de um canto a outro da jaula, rugindo eventualmente, mas sem aquela majestade que uma criança esperaria do rei dos animais.
Eu fiquei decepcionada, claro!
A ideia de realeza que eu tinha me impossibilitava de acreditar que aquele leão era um rei. Bom, depois disso, por volta da sexta serie, eu voltei ao zoológico – dessa vez com a escola – e que me lembre não cheguei a ver o leão novamente, mas não pude deixar de lembrar dele. E eu fiz um pequeno texto, que vou colocar aqui em baixo de memoria.
Uns avisos: O Leão da historia não é verídico e o zoológico também não. Não estrou fazendo criticas a nenhum zoológico especifico. Apenas sou um tanto contra prender animais sem ter o necessário para acomoda-los e deixa-los felizes. Ou seja: Não falo mal de lugar nenhum especificamente e não quero ofender ninguém.  Sei lá, as vezes as pessoas entendem as coisas errado. Obrigada.
Sei que o fiz há mais de um ano, mas vamos lá:


‘Os olhos âmbar dele piscaram, cansados, entediados. Ele olhou para cima, mas não viu estrelas. Bocejou. De onde ele vinha, haviam estrelas a noite. A que distancia será que estava de sua casa? Ele era bem, bem jovem quando o tiraram ainda da mãe e o levaram para aquele lugar. Para falar a verdade, ele não lembrava bem do trajeto que fez para chegar ate aquela caixa de aço e concreto, com poucos pedaços de árvores e fins. Ele imaginava que isso fosse para entretê-lo, mas não funcionava muito bem.
Mas ele lembrava de sua mãe, das outras leoas do bando,  de seu pai e seus irmãos e irmãs. E lembrava das promessas que ouvia dessa mãe que ele amou tanto: ‘Um dia, meu amor, você vai crescer e ser belo e forte como seu pai. Então você terá que ir, querido.’ Nessa parte ele tinha medo ‘Não, mamãe!’.
A leoa suspirava ‘É assim, filhote. Você  vai ter seu próprio bando e sua própria família para proteger. Você vai ser feliz e vai ser um rei, tal como seu pai.’
Agora ele crescera e nenhuma dessas promessas foi realizada. Agora ele não tinha família, não era um rei, nem estava feliz.
Seu pelo brilhou com o luar enquanto o ultimo funcionário daquele zoológico- embora ele não soubesse que o nome daquele lugar era ‘zoológico’ e tentou mais uma vez:
- Ei! Me tire daqui!!
O homem assustou-se com o rugido alto e aparentemente feroz e correu para fora do local o0 mais rápido possível.
O leão fechou os olhos, deitando-se no piso frio e tentando dormir. As promessas de do passado, de tudo que o presenta não era o assombravam. Ele tinha um destino que nunca poderia cumprir.
Uma pequena lagrima abandonou seu olho enquanto ele caia no sono e na savana das promessas de sua infância. ’

 [Sei que a imagem não teve grande coisa haver com o texto, mas eu sou fan demais desse filme para postar outra imagem – risos.]
Tomara que tenham gostado. Ate à próxima,
                                                                                                              Anya

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A culpa é do The Sims







Sabem, eu passei essa tarde jogando ‘The Sims’ com aquela cara de poucos amigos. É o que eu faço quando ninguém esta disponível para conversar nem no MSN nem no telefone.  Embora eu ache meio triste fazer isso, já que o meu PC rejeita totalmente ‘The Sims’ e por isso ha uma serie de problemas no jogo entre os quais... Não salvar meu progresso  - Há quem diga que sou eu que aperto o botão errado. Não duvido muito.

Bom, graças ao meu avançado estado de letargia – e certa irritação – da tarde e a falta de costume de ter um blog, não preparei nada para hoje. Mas eu me comprometi a escrever todos os dias, a não ser que algo realmente importante ou inviável pelo horário ocorra. Não sendo o caso, vou apenas me desculpar e como não tinha nada planejado, deixar vocês ate amanha, quando eu espero não ser tão relapsa para com o que eu prometo a mim mesma. Esse poste foi mais um motivo para não parar, por que se eu for empurrado e não postando eu sei que vou parar. É como cigarro: enquanto não fumar uma vez, não ficarei tentada a fumar outras.
Desculpe perder o tempo de vocês.
                                                                                              Anya


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Eu gosto de estrelas.
Uma vez, uma amiga me trousse de São Paulo algumas tirinhas de papel colorido e brilhante e disse-me que se seguisse as instruções e dobrasse tudo certo, se tornariam estrelinhas coloridas. Ela me deu o presente sorrindo, talvez sabendo o quanto eu ficaria feliz em dobrar estrelinhas, mas infelizmente eu nunca consegui dobrar nenhuma direito. Paciência.
Mas de qualquer modo não era estrelas de verdade, eram? Sabe aquele sonho de criança de pegar estrelas? De que ela será sua e você poderá fazer um pedido e depois olhar para ela eternamente? Em ser seu segredinho, estar debaixo do seu travesseiro?
Nossa, hoje em dia, quantas coisas eu queria guardar embaixo do travesseiro? Quantas memórias? Sei que aos quinze anos ser saudosista não faz muito sentido, mas sabe aquela presa de crescer típica das crianças? Não a tenho mais. As vezes queria reviver aquela época em que nada, nada me preocupava e que eu não precisava fazer planos, estudar, calcular, me preocupar e afins. Espero que isso seja a famosa ‘crise de adolescente’ e que eu esteja apenas desocupada com as férias...
Mas as vezes eu queria aquele confortinho, nem que fosse para os problemas pequenos da minha vida, como notas de matemática. Aquela luzinha que quando menininha eu via, mesmo sem existir debaixo do travesseiro. Aquela sensação de ser especial, mesmo não sendo – ou será que era? Um sonho simples e puro como os das crianças pequenas não as tornam especiais?
De qualquer modo, essa semana, no shopping eu vi as fitas novamente, dessa vez com um manual legível e fácil de seguir, um que eu poderia montar. Mas de repente me bateu aquele vazio, aquele amargo na boca... Não era estrelas afinal. E esse amargo só passou quando essa noite, na casa de meu irmão, do jardim, eu via as estrelas, as apontei e disse o nome de algumas, talvez ate errado.
Lá estão as minhas estrelas. Acho que nunca mais serei capaz de vê-las embaixo do meu travesseiro, mas ao menos quando puder vê-las, entre as luzes da cidade, ainda posso imaginar que estão olhando para nós do alto, procurando o travesseiro de mais uma criança para iluminar.
Anya

Olá pessoal, aqui estou eu



Boa noite.
Nessa primeira postagem não vou demorar muito. Aqui vou publicar alguns textos, pensamentos e historias independentes de personagens meus, talvez. Se eu criar coragem um desenho ou dois.
Não falarei da minha vida ou coisa assim. Se é isso que procuram, por favor, retirem-se para não se frustrarem ou perderem o próprio tempo.
Grata.
Aos que ficam, obrigada pela atenção e pela força. Ate a próxima.
                                                                                                 Anya